A Ilha do Horizonte



                Vanderlei Pequeno, um militante antigo da música brasileira, onde a história humana é contada e cantada em versos, transborda sua criatividade nestas crônicas. Isto, é para nos contar o que não coube nos versos das canções.
Coloca-nos, mais uma vez, diante da perspectiva antropológica da cidade e com humor fino e a sagacidade dos quixotistas - aqueles que nunca desistem dos sonhos - vai resgatando a memória de sua gente.
Memória esta, em que as pessoas são artífices e protagonistas, não como aquela coisa cronológica e chata dos compêndios escolares. Algumas, enquanto ainda corriam soltas na oralidade, eu conheci, em várias versões, ora no Chuá ora no “calor da luta” no bar do Goiaba, onde nosso autor ainda as traquinava.
Ver Dalmo Diogo, Beijinho, nas páginas de um livro ao lado de Mazinho Bernardes, Chiquinho da Real, Matozinho, é ver parte do que vivi e presenciei ganhar registro definitivo.
O “Ilha do Horizonte” já sinaliza, que lá na frente vêm mais novidades. Ou você duvida que Vanderlei voltará para nos contar os casos do pescador, que ainda menino, conheci lá na porta do bar Pingüim com um baita dourado pendurado
numa embira?
Isto se Horizonte, o pescador, não couber numa música.

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