Carta aos meus amigos de trabalho

"Se não houver frutos

Valeu a beleza das flores

Se não houver flores

Valeu a sombra das folhas

Se não houver folhas

Valeu a intenção da semente"
HENFIL

Meus amigos

Foi relembrando meu cartunista favorito, relendo estes versos do poeta Tennyson: “Venham, amigos, não é tarde para procurar um mundo mais novo / a minha meta é navegar além do pôr do sol / Embora não tenhamos mais a força que antigamente movia céu e terra / o que nós somos, nós somos, uma boa índole e corações heróicos / enfraquecidos pelo tempo / mas fortes na vontade de lutar, procurar, achar e não ceder.” pensei em vocês amigos de alegrias e tristezas no dia a dia de ser servidor público. Essa energia que nos percorre por dentro ofuscando nossas tristezas e iluminando nossas alegrias é a vida. A vida é para mim a soma do meu e dos nossos espíritos, formando a energia cósmica que tudo movimenta. Esta é a minha fé. É com esta fé que creio na renovadora energia que Cristo nos demonstrou em “ame ao teu próximo como a ti mesmo” E eu digo, não importa o onde nem o para onde, seja onde for sempre haverá parte desta energia de vocês em mim. Tendo isto na mente fiz estes pobres e medíocres versos de pé quebrado, dedicados a vocês. O que os salvam é a epigrafe de um grande poeta russo.

AOS NOVOS VELHOS AMIGOS

“...

Até logo, até logo, companheiro,
Guardo-te no meu peito e te asseguro:
O nosso afastamento passageiro
é sinal de um encontro no futuro.”
Sierguéi Iessiênin

Correm paralelas duas ruas
feito ponte a ligar duas margens
na 13 de maio, bem ao meio, nos encontramos
De uma, a do velho coronel
frondosos velhos amigos.
Noutra, a do velho major
germinais novos amigos.

O ponto de partida é também o da chegada.

O que nos ata além da travessa libertadora
é a definitiva abolição de nossos silêncios
e a alegria de vossos corações no meu peito.