Um poema de Antônio Perin


Saindo de casa

A casa sempre pobre
contem entre suas paredes
o vazio material
retêm em seus silêncios
a memória ancestral
aprisionando a liberdade

Tomo tino

E eis que surge a rua
não uma vereda
o caudal de sensações
rumo ao desconhecido

Mulatinho
Com espirito
de navegante lusitano
singro a rua rumo
aos desejos sem freios
as conquistas...

Tomo rumo

Amarro o cavalo de pau
no poste
Viro a esquina
O mundo é um oceano
cercado de montanhas
o medo do incerto
provoca a primeira
saudade
a casa ainda que pobre

é segura.

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