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Memorial ao Genócidio de Tsitsernakaberd, Yerevan Rep. da Armênia |
Hoje é um dia de tristezas para o povo armênio. Foi no dia 24 de Abril de 1915, um sábado de primavera, seis centenas de notáveis armênios, escritores, professores, médicos e jornalistas, foram presos e executados, isto faz 90 anos.
À eliminação das elites, ordenada pelo Império Otomano, seguiram-se as deportações em massa, as mortes, os sequestros. Um milhão e meio de mortos.
A Armênia é um estado independente desde 1991. É um milenar povo cristão que tentaram resistir durante séculos aos impérios persa e bizantino. Mas o período mais doloroso da sua história começou com a chegada dos turcos.
A Turquia, aliada dos alemães, após a execução das elites armênias, através de seu ministro Paxá Talaat, promulgou uma lei provisória de deportação. O cenário que precedeu a ordem, segundo vários historiadores, foi aterrador: famílias separadas, por sexo, pessoas encaminhadas, sem comida e água, para o deserto da Síria, mulheres raptadas e violadas, casas destruídas. O balanço: 1,5 milhões de mortos.
A nação que nos deu Stepan Nercessian viu o massacre ser considerado, apenas como um "crime contra a humanidade". Mas luta há vários anos para vê-lo condenado como genocídio, definição adotada pelo jurista americano Raphael Lemkin, em 1945, para designar o extermínio dos judeus pelos nazistas.
“Quem ainda fala do massacre dos armênios?”, perguntava cinicamente Hitler, quando se preparava para invadir a Polônia, em 1939. O genocídio armênio era visto por ele como um exemplo pela facilidade da execução, a impunidade dos responsáveis e o total esquecimento do ato. Na realidade, quem ainda fala do massacre dos armênios?
Ao contrário dos alemães diante do holocausto, o governo turco, continua insistindo em não assumir e reconhecer o genocídio. Deveria seguir o exemplo de Orhan Pamuk, escritor turco, Nobel de Literatura em 2006 que o fez.
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